Fafá de Belém - Vermelho

Parabéns a Fafá de Belém que teve a personalidade de cantar uma música carregada de ideologia e, ao mesmo tempo, cair no gosto popular.

A cor do meu batuque tem o toque e tem o som da minha voz.
Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão.
O velho comunista se aliançou ao rubro do rubor do meu amor.
O brilho do meu canto tem o tom e a expressão da minha cor.

Na primeira linha o batuque representa, conforme o próprio vídeo mostra, as tribos indígenas brasileiras do grande amazonas. Aqui vale uma observação importantíssima. A sociedade em que vivemos, se auto-intitula "moderna", destrói a natureza para construir coisas supérfluas, na maioria, inúteis, que ela acha serem "belas". Vive numa desigualdade e injustiça social absurda. Porém, os índios estão aí para mostrar o que é viver em equilíbrio com a natureza, numa irmandade social comunista.

A segunda linha mostra sua paixão pelo comunismo.

Na terceira linha o "velho comunista", Karl Marx, "se aliançou" (quando ela leu seus livros) ao vermelho ardente e tímido do amor dela pelos ensinamentos dele.

Na quarta linha o brilho da música dela reflete à cor vermelha, ao comunismo.

Meu coração é vermelho, hei ! hei !
De vermelho vive o coração, ê, ô ! ê, ô !
Tudo é garantido após a rosa vermelhar.
Tudo é garantido após o sol vermelhecer.

Primeira e segunda linhas sugerem que todos somos vermelhos, comunistas no coração, no sentimento. A terceira e quarta linhas representam que no comunismo a busca é pela justiça social, onde os direitos fundamentais (saúde, educação, moradia, emprego) são garantidos, ao contrário do capitalismo, onde a busca é pelo lucro.

Vermelhou no curral a ideologia do folclore avermelhou.
Vermelhou a paixão, o fogo de artifício da vitória vermelhou.

Curral é um lugar imundo, neste caso figurativo, representando os três poderes em Brasília, portanto, o comunismo tomou os três poderes. A "ideologia do folclore" porque o comunismo é considerado uma utopia. O "fogo de artifício da vitória" é a luta armada do povo para tomar o poder.